30 de dez. de 2008

corinthians fominha

Verde eles não vestem mais

Pode ver o time-base do Corinthians 2009: com exceção de Ronaldo, os outros dez são remanescentes da Série B. A base é ótima, mas, para não ficarem dúvidas, vieram reforços da elite. Mas Jean, Escudero, Túlio e Jorge Henrique terão que ralar muito para chegar à titularidade.

A contradição está em não ter grana para manter Herrera, um dos destaques de 2008 e ídolo da torcida por sua raça, e pagar R$ 7 milhões por Souza (ex-Flamengo e vindo do Panathinaikos-GRE). Mais: segundo o diário Lance!, já está costurado o acordo para pagar € 8 milhões ao Dinamo de Kiev-UCR, caso o Palmeiras não consiga pagar o mesmo valor para manter o atacante Kléber - o acordo de prioridade na compra vence amanhã, 31/12. O presidente corintiano André Sanchez jura que o Corinthians não tem o valor (cerca de R$ 18 milhões - não tem mesmo!), mas o clube ucraniano gostaria de ver seu jogador ao lado de Ronaldo e poderia facilitar as coisas.

Dessa forma, está feito o plano de contingência para abafar um possível fracasso do Fenômeno em campo: Jorge Henrique, Dentinho, Kléber e Souza são talvez o melhor leque de opções de ataque do Brasil - no mesmo nível, só os são paulinos Borges, Dagoberto, Washington e André Lima.

Fotos: reprodução GloboEsporte.com (Souza - Reuters; Kléber - Lancepress)

mercado da bola

Cadeia alimentar

Nem vou perder tempo com esse papo de baixo nível técnico. É a grana do exterior que leva nossos craques, que se reproduzem como coelhos - e gera mau humor da crônica.

Para o tamanho do bolso dos clubes brasileiros, há uma verdadeira - e saudável - escala de renovação. Acompanhe o raciocínio:

- os clubes paulistas levam os destaques dos cariocas: o São Paulo, um degrau acima dos demais, levou a base do Flu, o Corinthians trouxe craques do Botafogo, assim como o Santos (Lúcio Flávio), que ainda contratou Madson, sobrevivente do rebaixado Vasco.

- os demais grandes clubes fazem a limpa na Série B: Flamengo e Vasco pegaram os destaques do Santo André, o Botafogo contratou Batista (Avaí), o Internacional o destaque do Paraná (Giuliano), entre outros;

- os clubes médios se alimentam dos destaques das Séries B e C;

- todos trocam seus refugos entre si, com empréstimos;

- os clubes de menor expressão do Centro-Sul encontram revelações do Norte-Nordeste (que vão subir degraus da cadeia daqui um ou dois anos);

E a vida segue. E o país do futebol continua sendo o Brasil - em se tratando de talento com a bola, porque de fanatismo e consumo já perdemos o posto faz tempo...

Foto: Willians, volante do Santo André que vai para o Flamengo (site oficial do Ramalhão)

29 de dez. de 2008

brasileirão 2009

O mapa da bola

Apesar da louvável interatividade, a Wikipedia não é a fonte mais confiável. Nem de longe. Mas, vez ou outra, é inevitável recorrer a ela, principalmente quando a fonte oficial é escassa de informações. Nenhum problema, desde que se cruze essas informações com outras fontes (pesquisar, pesquisar e pesquisar...).

Pois passei por lá dia desses e achei boas figuras, reproduzidas abaixo, com o mapa dos Estados representados por clubes nas três primeiras divisões do Campeonato Brasileiro - a Série D abrange o mapa inteiro.

O que se pode concluir: o cenário econômico reflete no futebol - antropólogos e sociólogos têm estudado a fundo o futebol como espelho da sociedade - e por isso o mapa das Séries A e B se restringe ao Centro-Sul e a Estados litorâneos do Nordeste. A salvação para as outras regiões é a Série C, agora com calendário mais completo, mas, ainda, regionalizada.

Aproveitando: para os que não gostam de pontos corridos, boa notícia: as Séries C e D terão mata-mata. A Terceirona, quartas-de-final. Na D, a partir das oitavas. Emissoras de TV como Rede Vida e Cultura poderiam apostar nesses campeonatos.

Série A: 2 pernambucanos, 1 baiano, 1 goiano, 2 mineiros, 6 paulistas (!), 3 cariocas, 2 paranaenses, 1 catarinense e 2 gaúchos

Série B: 2 potiguares, 2 cearenses, 1 paraibano, 1 baiano, 1 candango, 2 goianos, 1 mineiro, 5 paulistas, 2 cariocas, 1 paranaense, 1 catarinense e 1 gaúcho

Série C
: 1 acreano, 2 paraenses, 1 maranhense, 1 cearense, 1 pernambucano, 2 alagoanos, 1 sergipano, 2 matogrossenses, 1 candango, 2 mineiros, 2 paulistas, 2 catarinenses e 2 gaúchos
Imagens: Wikipedia

26 de dez. de 2008

eles têm mercado

Camisas 9 tubaína

É o que mais há disponível no mercado brasileiro da bola. Aqueles centroavantes de ofício, tradicionais, posseiros da grande área, reis do impedimento, os verdadeiros 'quase-gol' - para cada bola na rede, perdem outros tantos.

Entretanto, merecem todo o respeito das arquibancadas. Pois em momentos como este, de negociações, quando os clubes do interior se reforçam, eles são a salvação da lavoura. As estrelas, as contratações de peso, os 'novos matadores'. E, na maioria das vezes, dão conta do recado. Gilson Batata, por exemplo, tem dois acessos seguidos no futebol mineiro, no início da década, por Uberaba e Ituiutaba.

São camisas 9 que fazem seus golzinhos, mas não explodem em times grandes - ou até se destacam, vez ou outra, mas são exceção. Como Robgol, ídolo do Paysandu que desperdiçou grande chance no Santos.

A lista é imensa:
Frontini (apagado no Santos há alguns anos) está no Botafogo de Ribeirão Preto
Finazzi (lembra-se, corintiano?) desligou-se do São Caetano, insatisfeito com o banco
Rodrigão e Washington (pertencem ao Palmeiras) foram emprestados a Guaratinguetá e Vitória-BA, respectivamente
Nunes, do Bragantino, ainda procura seu lugar em um clube grande
Somália, bem no São Caetano e ainda devendo no Flu
Dinei nunca vingou no Atlético-PR, era emprestado e brilhava no Guaratinguetá, foi bem no Vitória-BA e vendido pra fora
Evando só joga bola no Avaí (passou por Peixe e Flu)
Sandro Gaúcho já se aposentou?
Roger destacou-se na Ponte, jogou bem este ano no Sport e continua sem ser aproveitado no São Paulo
E olha que faltam os camisas 9 que foram craques e curtem a curva final da carreira em pequenos times, como Sorato (ainda não parou!), Viola (no Resende-RJ) e, claro, Túlio Maravilha.

Foto: SXC.hu

23 de dez. de 2008

rio x são paulo: estaduais 2009

Não dá pra comparar

Estamos produzindo as revistas-tabela dos Estaduais de Rio e São Paulo. Colhendo informações aqui e ali, conversando com colegas de imprensa de cidades envolvidas, chega-se a alguns paralelos.

No Rio, o times se desmancham no segundo semestre e reforçam, por empréstimo, os que disputam a Segunda Divisão. Aí, voltam, como 'reforços'. Repare: em São Paulo, a Série B nacional é a fonte. Também é comum irem para terras fluminenses atletas do Espírito Santo e há uma grande leva do Distrito Federal também. São Paulo fica de olho no Paraná, no Nordeste, muito mais fortes.

Enquanto o Noroeste trouxe Marcinho, craque do Brasiliense na Série B com nove gols, o Mesquita 'repatriou' seu goleador, Leandro Netto, um golzinho e muitas vaias dos candangos.

Estou viajando nesses paralelos. Não dá para comparar. A maioria dos clubes paulistas da Série A1 brigaria por vaga nas semifinais dos turnos (Taças GB e Rio) com os pés nas costas.

22 de dez. de 2008

flamengo 2009

Aperte os cintos,
torcedor rubro-negro!


O novo ano do Flamengo promete fortes emoções. Pelo menos é que se vê num horizonte sem contratações de peso e a perda de jogadores importantes, como a pouco provável renovação do contrato de Ibson, que termina em junho.

Com todo o respeito ao ótimo desempenho de Herrera na Série B, pelo Corinthians, é uma vergonha para o Flamengo revelar dificuldades financeiras para contratar um jogador de seu nível - esforçado, raçudo, porém, longe de ser um craque. Pensar em Carlos Alberto também é uma temeridade. O turbulento 2008 do meia em suas passagens por São Paulo e Botafogo dizem tudo.

Ou o clube surpreende com um elenco jovem e cheio de vontade - como o recém-chegado volante Willians, do Santo André - ou vai trocar um ano de título estadual e disputa de Libertadores por outro de figuração ou sufoco no Brasileirão. Aguenta, coração!

20 de dez. de 2008

mercado da bola

Botafogo come-quieto

O título não é pelo jeito mineirinho do treinador Ney Franco. Mas por uma das melhores contratações do futebol brasileiro até agora. O Botafogo apresentou o atacante Reinaldo, que foi muito bem no tricampeonato estadual do Flamengo (1999/2000/2001) e fez ótima dupla de ataque com Luís Fabiano no São Paulo, em 2002. Tá, seu auge foi há seis anos, mas o jogador também foi bem em recente passagem pelo Santos (campeão paulista) em 2006. No JEF United, do Japão, fez 14 gols que ajudaram o clube a fugir do rebaixamento. Resumindo: é a primeira contratação de peso do futebol carioca, que está perdendo de goleada para os times paulistas no quesito reforço. Nem a ausência na Libertadores justifica tamanha desvantagem.


O efeito Beckham

A vinda de Ronaldo para o Corinthians acendeu os questionamentos sobre até onde vai a jogada de marketing e quando começa o que, teoricamente, mais interessa: o desempenho em campo. Pois a apresentação de Beckham no Milan fez barulho nos dois quesitos. Primeiro, uma aula de organização, patrocinadores específicos para o evento (o banner atrás do jogador abarrotado de marcas) e a certeza de que muitas camisas 32 serão vendidas nos próximos dias. Segundo, ele está pronto para realmente render no gramado. O apoiador foi enfático em dizer que quer aproveitar ao máximo os pouco mais de 60 dias em Milão. Quer jogar bola. E ele joga. Dá carrinho, corre bastante, chuta como poucos. Parece que o custo-benefício da empreitada rossonera vai funcionar. Enjoy it, David.

Fotos reprodução: Luciano Paiva/UOL Esporte (Reinaldo), Divulgação (Beckham)

18 de dez. de 2008

craque 90: elivélton

O último ponta

Houve um ou outro insistente treinador que escalou pontas no início da década de 90. Ainda pela beirada do campo de ataque, por exemplo, surgiu Sávio no Flamengo, pela esquerda, e o santista Almir arrepiava pela direita. Mas o último jogador a atuar na função de ponta na Seleção Brasileira foi Elivélton.

Xodó no início do trabalho de Carlos Alberto Parreira rumo ao tetra, em 1991, teve um período curto com a Amarelinha, que coincidiu com a época em que arrebentou no Tricolor (apenas 11 jogos pela Seleção, 6 vitórias, 3 empates, 2 derrotas e 1 gol marcado, no Serra Dourada, contra a Tchecoslováquia).

O extrovertido (e gago) atacante surgiu como um furacão no São Paulo, lançado por Telê Santana. Mas nunca se firmou como titular. Nos muitos títulos que ganhou pelo Tricolor, só aparece na foto da Libertadores de 1992. No banco, ganhou Mundial em Tóquio no mesmo ano e taça continental em 1993. Aí, foi para o Japão.

Tornou-se meia, fez golaço do título do Paulistão de 1995 pelo Corinthians e repetiu taça estadual no ano seguinte pelo rival Palmeiras. Em 1997, mais um gol de título: Libertadores, Cruzeiro, chute cruzado de direita no cantinho do Sporting Cristal. Aí, rodou o Brasil, cigano dos bons. Foi ala esquerda na Ponte Preta, sempre com muito fôlego. Jogou na Bahia, no Triângulo Mineiro, no Mato Grosso e... ainda não parou! Aos 37, vai disputar a Série A3 paulista pela Francana (foto).

Sem os dribles de 17 anos atrás, mas com o mesmo amor pela bola.

Fotos reprodução: Shaun Botterill/Allsport (Seleção) e Futebol Interior (Francana)

mercado da bola

De tricolor pra tricolor

Washington e Junior César confirmados. Arouca com a mão na caneta. Conca na lista dos desejos. A derrota nas quartas-de-final da Libertadores para o Fluminense marcou o São Paulo mais do que se imaginava. Reforços vindos das Laranjeiras podem chegar aos montes na Barra Funda.

Essa migração de um tricolor para o outro mostra que o clube carioca realmente tinha um elenco forte e só não chegou mais longe no Brasileirão pelo trauma da derrota para a LDU na final continental. Mostra que o São Paulo tem grana para movimentar o mercado interno. E que em 2009 o tetra da América é a prioridade máxima. Já escrevi há alguns dias: alguém segure o São Paulo!

17 de dez. de 2008

dinheiro e futebol

Gastos salariais dos clubes em 2008

O site português Futebol Finance é cada vez mais citado como fonte em matérias que envolvem dinheiro no principal esporte do mundo - hoje mesmo veio em matéria do Meio&Mensagem, referência no meio publicitário brasileiro. O conteúdo é interessante, vale conferir.

Passeando por lá, vi o ranking dos "custos com pessoal" (em português luso) dos clubes brasileiros, isto é, quanto gastaram com salários este ano. Converti os euros para reais na cotação de hoje e cheguei à folha mensal (arredondando, claro). São dados interessantes para ver que:

- Palmeiras e Flamengo tiveram um ano frustrante em relação ao que gastaram
- o orçamento do Vasco era do tamanho de suas ambições...
- os números provam que Celso Roth tirou leite de pedra de um elenco limitado, no Grêmio
- o salário mensal de Kaká (2,4 milhões de reais) é equivalente ao que o São Paulo gasta todo dia 30 com seu elenco

Vamos ao ranking (folha salarial mensal em 2008):

1 Internacional - R$ 3,5 milhões
2 Palmeiras - R$ 3,1 milhões
3 São Paulo - R$ 2,5 milhões
4 Santos - R$ 2,2 milhões
5 Flamengo - R$ 2,2 milhões
6 Fluminense - R$ 1,85 milhão
7 Cruzeiro - R$ 1,65 milhão
8 Atlético-MG - R$ 1,3 milhão
9 Botafogo - R$ 1,3 milhão
10 Atlético-PR - R$ 1,1 milhão
11 Coritiba - R$ 1 milhão
12 Grêmio - R$ 930 mil
13 Sport - R$ 875 mil
14 Vitória - R$ 875 mil
15 Goiás - R$ 770 mil
16 Náutico - R$ 690 mil
17 Vasco - R$ 640 mil

Foto: Investimento do Colorado em D´Alessandro já rendeu a Sul-Americana
(Lucas Uebel/Vipcomm)

16 de dez. de 2008

rio x são paulo

Goleada paulista

Ter cinco dos seis títulos do Brasileirão na era dos pontos corridos e chegado em seis das últimas dez finais de Libertadores são apenas dois sintomas da superioridade do futebol paulista. Aos cariocas, nesta década, as migalhas: um vice de Libertadores (Flu, 2008) e duas Copas do Brasil (Fla, 2006 e Flu. 2007). E a tendência é a supremacia bandeirante aumentar.

Basta ver como os times estão contratando. Ainda não houve um anúncio de reforço por parte dos grandes do Rio. Exceção feita ao sonho rubro-negro de contar com Adriano - que até pode se concretizar - até as especulações paulistas têm mais peso. Senão, vejamos:

Conca no São Paulo (e o Flu mais fraco), Lúcio Flávio (e Bota mais fraco) e Alex Mineiro no Santos e Verón no Corinthians. Só o Palmeiras está vacilando, mais preocupado com as eleições que se aproximam no clube.

Enquanto isso, o Botafogo quer Lenny, refugo do outro lado da ponte aérea...

sport: roupa nova

Mania esquisita

Eu já questionei isso algumas vezes e não me canso de repetir: porque é que alguns clubes, quando chegam na competição mais importante de sua história, não a disputam com seu uniforme tradicional?

Foi assim com o Corinthians no Mundial de 2000 (o escudo no peito e a camisa preta sem as finas listras brancas). Também com Goiás e Figueirense na Sul-Americana (ambos com listras horizontais, lembra?). O Cruzeiro recentemente com aquele horrendo uniforme com dois tons de azul na Libertadores - e o número dourado, outra aberração que virou moda e complica a vida dos locutores. Há mais exemplos.

Chegou a vez do Sport. De volta à Libertadores depois de 21 anos, o clube pernambucano apresentou a camisa dourada que vestirá no torneio continental. Bonita, sem dúvida. Mas de tradição zero. Aposto que o torcedor preferiria ver os jogadores suando o uniforme rubro-negro na Bombonera e em outros palcos da América.

Camisa diferente é boa para vender, mas não há necessidade de ela estar sempre no campo. O Palmeiras segurou a onda no verde-limão e o Corinthians só jogou duas vezes de roxo. E o São Paulo nunca entrou em campo com aquela toda preta - só Rogério Ceni. Nem por isso esses uniformes especiais deixaram de fazer sucesso nas lojas.

Foto: reprodução site oficial Sport

15 de dez. de 2008

mercado da bola

Todos têm comando

Os 12 principais clubes do país já têm seus treinadores confirmados. O último martelo batido é Émerson Leão. Ainda adorado no Atlético-MG, terá finalmente uma nova chance de iniciar um trabalho em um clube, com pré-temporada, e não assumindo time desesperado.

Foi muito bacana o Santos reconhecer o trabalho de Marcio Fernandes. Já Cuca, no Flamengo, é uma incógnita. O Rubro-Negro trocou um treinador com postura elogiável, trabalhador e discreto, por um supersticioso e emotivo amigo da boleirada. E Dorival Junior tem ótimos trabalhos recentes que o credenciam a ajudar a reerguer o Vasco.

alô, dunga!

Quem é esse cara?
















Ele é o cara. Já é faz tempo. Os dois gols no clássico contra o Milan são apenas a amplificação do que a Europa já sabe: Amauri está chegando no nível de Ibra, Drogba, Eto´o, Torres e demais. Isto é, no nível de atacantes de seleção, titulares de seus países. Mas, qual é o país dele? A resposta caberá a Dunga.

Ainda dá tempo de vestir a Amarelinha. Apesar de a papelada estar no jeito para o camisa 8 da Juventus naturalizar-se italiano e defender a Azurra, dá tempo de Dunga dar uma chance a Amauri. Quem já convocou Afonso Alves e Bobô é obrigado a chamá-lo, como também poderia ter recorrido a Kléber Pereira.

Se bem que uma convocação para a Seleção Brasileira causaria uma grande dúvida na cabeça do atacante. Pela Itália, será ídolo incontestável - ele já tem muita identificação como país da bota. Pelo Brasil, seria apenas mais um, de titularidade contestada. Basta uma má atuação para cair no esquecimento do trienador - mas perder a chance de atuar por outra nação.

O que não pode acontecer é os brasileiros ficarem se perguntando como teria sido. Deco saiu daqui perna-de-pau, desabrochou em Portugal e Felipão já tinha o time da Copa de 2002 montado, grupo fechado. Mas, com Amauri é diferente: ele está pronto, fazendo gols, é superstar no Velho Mundo.

Enquanto Ronaldo sonha com o Mundial na África do Sul, Amauri é nome certo. Resta saber com qual camisa.

Foto Juve: reprodução Uol Esporte (AFP Photo/Giuseppe Cacace)
Amarelinha: arte sobre foto

13 de dez. de 2008

time imaginário: laterais-esquerdos

Equipe sinistra!

Vai ser arte desta vez pela falta de tempo. Abaixo, escalo um time só de laterais-esquerdos, atuando nas posições pelas quais se espalharam durante a carreira - exceção ao "goleiro" e ao meia que virou lateral.

goleiro
RONALDO LUÍS:
de tanto tirar bola em cima da linha em partidas decisivas do São Paulo, merece a lembrança. Em entrevista para nossa revista de Jogos Inesquecíveis, contou que não era sorte, ele se preparava para estar ali.

lateral-direito
MARCELO SANTOS:
esse eu sou testemunha ocular. No Paulistão 2006, pelo Noroeste, o jogador canhoto assumiu o lado direito quando Paulo Sérgio (ex-Palmeiras, Grêmio e novo contratado do Vasco) quebrou o braço. Deixou um especialista da função no banco: Reginaldo Araújo, ex-Coritiba e campeão carioca de 2004 pelo Fla. Quando Paulo Sérgio se recuperou, demorou a reassumir a camisa 2.

zaga
NILTON SANTOS: tão bom quanto lateral, teve a sensibilidade de perceber que o jovem Rildo voava pela esquerda e assumiu o miolo da defesa do Botafogo com toda sua experiência.
MALDINI: já foi citado por vários atacantes consagrados como o defensor mais difícil de ser driblado.

lateral-esquerdo
JORGE WAGNER: quando Muricy Ramalho desistiu de usar o camisa 7 do São Paulo na armação e o recolocou na beirada do campo, o Tricolor encontrou o caminho do hexa.

volantes
JÚNIOR: o Capacete já usava a camisa 5 mesmo nos tempos de lateral-esquerdo. Provavelmente, previa que iria brilhar no meio-campo. Arrebentou assim na Itália e, quando voltou para o Flamengo, em 1989, atuou um pouco mais adiantado.
ZÉ ROBERTO: modernizou-se no futebol alemão, com seu pulmão e sua habilidade. Quando se fala de "volante pelo lado esquerdo", seu nome é o primeiro que vem à cabeça. Mas nada se compara a sua temporada como meia-atacante vestindo a 10 do Santos. Foi mágico.

meias
MAZINHO: atuou nas duas laterais do Vasco, no início da carreira, e se destacou na esquerda no bi estadual (1987/88) e no Brasileirão (1989). Depois, virou camisa 8 clássico no Palmeiras (ganha tudo) Parmalat e roubou a posição de Raí (camisa 10 e capitão) durante a Copa do Mundo de 1994.
FELIPE: camisa 6 do Vasco nos títulos nacional (1997) e continental (1998), arrebentou vestindo a camisa 10 rubro-negra no Estadual de 2004. Usava o drible e o passe açucarado como suas armas. E ainda fez uns golzinhos.

atacantes
SERGINHO: no Milan, foi usado praticamente como ponta-esquerda em certos momentos. Dessa forma se firmou como titular no fim da década de 90. Depois, com o clássico 4-4-2 efetivado, voltou à lateral e foi perdendo espaço aos poucos.
LEONARDO: também no Rubro-Negro italiano, atuou como atacante mesmo na Liga de 1998/99, fez 12 gols e ajudou o clube a ganhar o scudetto no ano de seu centenário. Com isso, entrou para a história e, não à toa, é dirigente por lá, hoje.

técnico
VANDERLEI LUXEMBURGO: era lateral-esquerdo. Segundo ele, dos bons. Mas passou anos à sombra de Júnior, no Flamengo.

12 de dez. de 2008

fenômeno corintiano

Ronaldo, prepare os ouvidos

A festa acaba hoje. Pelo menos para o Corinthians. A torcida pode festejar, comprar camisa. O time tem que treinar forte, pesado, principalmente o Fenômeno - para encarar os gramados acanhados e irregulares de Bragança Paulista, Marília, Guaratinguetá e Mirassol. Coisa que o Imperador Adriano fez, com louvor.

Por mais que se tenha pedido paciência na apresentação, a partir do momento em que o time precisar de resultados (leia-se classificação para jogar a Libertadores no ano do centenário) e, consequentemente, de gols, a cobrança virá.

Com a experiência que tem e o talento inegável, Ronaldo só precisa de uma coisa: estar em forma. Porque um jogador de 32 anos no século 21 não é nenhum idoso, ainda tem lenha pra queimar.

Torço por ele, como torço por Ronaldinho no Milan e por Adriano na Inter. E por qualquer outro grande atleta que deseja continuar. Só a ele cabe saber a hora certa de parar. Pelo visto, e pela festa da fiel torcida, falta muito tempo pra isso.

Foto: reprodução Uol Esporte (Diego Padgurschi/Folha Imagem)

11 de dez. de 2008

nas bancas

Homenagens a Pelé e Zico



















A Editora Alto Astral está cada vez mais contribuindo com a memória do futebol brasileiro. Melhor ainda: por preço muito acessível, isto é, muita informação, algumas moedas e um custo-benefício gigantesco.

Como editor das revistas, sou suspeito para falar. Mas sugiro que vá conferir nas bancas - e pode cornetar sobre o que não gostar. Já publico aqui uma ERRATA: a data de nascimento do Rei está errada (é 23/10, e não 26). Um erro feio, mas perdoável, culpa do teclado. Melhor do que tratar a contratação do Fenômeno como piada e, depois, virar piada - não é cutucada de concorrente, é lamento de um leitor de Placar desde a infância, que julgou arrogante a postura desse patrimônio da imprensa esportiva no assunto Ronaldo-Corinthians. Tão patrimônio que importantes cronistas que fazem parte da história da revista ainda não se pronunciaram a respeito em seus blogs. Virou assunto de cochicho e case para os bancos da universidade.

Capas de Wilson Monaco Jr.

futebol 2009

Alguém segure o São Paulo

Se o meia Conca e o centroavante Washington vierem, o São Paulo já está pronto para 2009. Ainda mais porque Muricy pretende focar o time na Libertadores, fazer amistosos em excursão pela Europa e deixar a molecada jogando o Paulistão.

Claro que o racha com a Federação Paulista ajudou nessa decisão, mas era um desejo antigo do Tricolor planejar uma pré-temporada ao melhor estilo europeu.

Times-base 2009

A partir de amanhã, aí na lateral do blog, estarão disponíveis os times-base dos principais clubes brasileiros. Serão atualizados diariamente, mas apenas com reforços confirmados, não com especulações - estas serão tratadas neste espaço, inclusive com divertidas fotomontagens.

Foto: Fotocom.net

10 de dez. de 2008

fenômeno corintiano

Efeito Nike?

O Flamengo está brigado com sua fornecedora de material esportivo, a Nike. Rompeu o contrato, vestiu outra marca, a Olympikus (com a famosa estampa ???), e foi obrigado a recuar por força judicial.

O Corinthians também chiou muito com a suposta má prestação de serviço da Nike. Ao contrário do Flamengo, não rasgou o contrato. Pelo contrário, o acordo vai até o fim de 2009, por R$ 5,5 milhões anuais.

A Nike tem Ronaldo como seu patrocinado vitalício. Quer que seu produto volte a ter visibilidade. O Corinthians é um fenômeno de mídia e veste sua marca. Roupa que a Seleção Brasileira também usa. Ronaldo quer a Amarelinha. O Timão queria Ronaldo. Os interesses se cruzaram, é bom para todos os envolvidos. Acho que esses motivos explicam mais a transação do que o fato de o clube carioca ter dormido no ponto.

A multinacional já manifestou não ter se envolvido na negociação do atleta. Financeiramente, pode até ser que não. Mas é muito difícil não ter havido nenhuma influência.

Fotos: Divulgação ZDL

9 de dez. de 2008

fenômeno corintiano

Ronaldo no Timão: vai dar certo?

No caso do Fenômeno, não há outro jeito: só dando a oportunidade de ele jogar para sabermos. no Milan, seu último clube, teve boa sequência até se contundir. E mais: melhor do que Finazzi, até com uma perna só. Não corre como Herrera, mas finaliza infinitamente melhor.

A crônica já questiona o marketing sobrepondo o campo de jogo, como a jogada do Milan em contar com Beckham. Mas, que clube não faria tal aposta? O Flamengo está numa dor de cotovelo danada e Adriano era uma grande incógnita no início deste ano no São Paulo - ok, é mais novo e sem histórico de lesões graves, mas ressurgiu das cinzas.

O único que pode ficar desconfiado a respeito das condições físicas do Fenômeno é o torcedor corintiano, exatamente o que deve estar mais eufórico. E só o Corinthians e o próprio Ronaldo correm riscos. Se os calcularam ou não, problema deles. Para quem gosta de futebol, de ídolo, de estádio cheio, é uma ótima notícia. Torcedores de outros times e a mídia devem comemorar a movimentação que R9 trará - numa proporção até maior do que o Imperador. E nem digo somente financeiro, mas de saudável rivalidade e preocupação dos clubes em também trazer nomes de peso.

Bom retorno, Fenômeno!

Arte sobre foto (reprodução AP)

8 de dez. de 2008

brasileirão 2008

A Seleção do blog

Oito atenciosos leitores deram sua opinião. Quatro goleiros empataram com dois votos e tomei a liberdade de desempatar para Victor, por ser o personagem máximo do vice-campeão, enquanto Rogério Ceni dividiu os holofotes este ano. Na zaga, também foi preciso escolher entre empatados - deu André Dias. Vamos ao time:

Victor (GRE)
Vitor (GOI)
André Dias (SPO)
Miranda (SPO)
Juan (FLA)
Pierre (PAL)
Ramires (CRU)
Hernanes (SPO)
Alex (INT)
Keirrison (CTB)
Kléber Pereira (SAN)

Alex e Hernanes foram as duas unanimidades.

7 de dez. de 2008

dança dos números

6-3-1-2

Ano passado, com a discussão da taça das bolinhas quente, o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, afirmou que o Tricolor era o único pentacampeão porque a CBF, principal entidade do futebol brasileiro, assim afirmava - creditando o título de 1987 ao Sport.

Entretanto, poucos dias depois a Fifa, principal entidade do futebol mundial, afirmou que campeões do mundo de clubes, apenas a partir de 2000, com o Corinthians. Portanto, a camiseta comemorativa deveria trazer a sequência 6-3-1-2 (6 Brasileiros, 3 Libertadores, 1 Mundial e 2 Intercontinentais) e não 6-3-3.

Eu não concordo, para mim o São Paulo é tricampeão mundial, assim como o Flamengo é pentacampeão brasileiro. Fica a provocação, apenas para questionar os dois pesos e duas medidas da postura tricolor.

brasileirão 2008

O favorito ao hepta
















Contar a história do São Paulo tricampeão brasileiro - somando seis vezes - é desnecessário. Afinal, é a mesma de 2006 e 2007. Vale apenas um resumo da fórmula do sucesso, previsível, mas difícil de ser combatida: muito treinamento, forma física tinindo, defesa sólida, bola parada perigosa. Mais: clima de trabalho excelente, vaidades controladas, premiações turbinadas, salários rigorasamente em dia. E, principalmente, a valorização do treinado, dar-lhe a oportunidade de planejar, enxergar a longo prazo.

E não vale falar do gol impedido de Borges. O título não se decide na última rodada, que é apenas mais uma das 38. Resta aos demais torcedores reconhecer e aturar. Rogério Ceni, Muricy e companhia têm a fórmula.

Por tudo isso, o Brasileirão 2009 já tem um favorito: o São Paulo Futebol Clube. É um clube pronto, acabado, fadado ao sucesso. O resto é que tem que correr atrás.

Foto: Gaspar Nóbrega/Vipcomm

6 de dez. de 2008

na estrada

Volto domingo

Estou indo a Sampa, casório na família. Sábadão sem post, provavelmente. Mas domingão, depois do fim do Brasileirão, volto comentando o desfecho desse emocionante campeonato e ('pan, pan, pan, pan...'), com a capa quentinha, em primeira mão, da revista-poster do campeão brasileiro que será lançada na segunda-feira na cidade do grande vencedor.

Nota posterior (9/12/2008): ainda não pude reproduzir as capas das revistas-retrospectiva do Brasileirão, mas já estão nas bancas. Logo tem post.

Até, então.

Abaixo, momento fora do fut: eu com o Grupo Sereno. O DVD deles está saindo do forno e logo, logo, vocês os verão no Faustão. São gente boa, merecem sucesso. E tocam um inusitado samba com moda de viola caipira. Show de bola.
(Foto: Vinícius Paraíba)


5 de dez. de 2008

brasileirão 2008

Ah, os números...

Até nisso o sistema de pontos corridos é bom: dá infinitas possibilidade de análises. Uma bem inusitada foi publicada hoje pelo Uol Esporte. Os repórteres Renan Prates e Thales Calipo simularam a classificação do Brasileirão valendo apenas os 45 minutos iniciais das partidas. Daria Internacional. A reportagem enaltece o 'feito' colorado.

Cada um interpreta números como quiser. Para mim, é o contrário: mostra que o Inter foi incompetente, pois deixou de ganhar pontos por não manter o resultado construído na primeira etapa. E prova a excelência do São Paulo, que tem apenas 61 pontos (72 na vida real) no hipotético levantamento. Isto é, sabe correr atrás do preju, tem preparo físico para tanto.

Com respeito aos colegas, caberia tranquilamente em 'Notícias que vão mudar o mundo', do Kibeloco.

4 de dez. de 2008

corinthians 2009

Do jeito que a fiel gosta

Uma coisa é certa: não vai faltar dedicação. A torcida corintiana, que se identifica com jogador raçudo que se entrega em campo, pode comemorar a chegada do volante Túlio, que já fez exames médicos e está apto a defender o Timão em 2009.

A princípio, disputa posição com Cristian, porque Elias é o cara. O mais importante, entretanto, é ter um elenco encorpado e de qualidade, pois, da avalanche de volantes deste ano, pouca coisa sobrou. O prata-da-casa Nilton ainda merece oportunidades e ainda aposto no jovem canhoto Marcelo Oliveira.

Enquanto Martinez, Ronaldo Fenômeno, Tcheco e Kléber Pereira apenas povoam os sonhos alvinegros, Túlio já é realidade. E das boas.

Foto: Guilherme Prado/Divulgação Corinthians

nas bancas

Até que enfim!

Depois de plantões frustrados de Grêmio (2007) e Fluminense (este ano), finalmente uma final continental que vira revista-pôster. Amanhã mesmo os gaúchos poderão comprar esta revista que editamos no plantão do qual me despeço agora. Vou dormir. Sentindo-me campeão também, apesar de não ser colorado. Botou o crachá, jornalista tem que ser assim: Editorial Futebol Clube.























Capa de Wilson Monaco Jr.

sul-americana 2008

América colorada, de novo

Ufa! Tinha que ser no bate-rebate. O goleiro Anduja, do Estudiantes, é mortal, não repetiria milagres até o final, tamanha a pressão do Internacional. Vale muito esse título para mudar a referência da Sul-Americana, tornar-se nossa 'Copa Uefa latina'. Vale, ainda mais, para premiar o melhor elenco do Brasil, que, se não demorasse a engrenar, estaria brigando pelo título nacional. E vale por ver Nilmar, um cara que tanto chorou pelos joelhos lesionados, sorrir por um gol tão importante.

Na raça - e no talento - o Colorado buscou incessantemente o gol. D'Alessandro e Nilmar puderam pressionar a defesa argentina porque a retaguarda do Inter assim permitiu - quatro zagueiros-zagueiros que fizeram uma linha impecável - Bolivar surpreendente na direita, o menino Danny Morais cheio de personalidade, Álvaro sendo o zagueiraço que prometia ser no início da década e Marcão, a regularidade de sempre. E o perseguido Tite livrou-se do rótulo gremista e entrou para a história.

Parabéns, torcedor colorado! O ano do centenário não poderia começar melhor!

Foto: Lucas Uebel/Vipcomm

3 de dez. de 2008

craque 90: taffarel

Sai que é dele

Galvão Bueno acabou utilizando o bordão com outros goleiros, mas o 'Sai que é sua, Taffarel!' está tão eternizado quanto o 'Ayrton Senna, do Brasil!'. Segundo o próprio narrador, a fala surgiu em um momento de desespero, mas à medida que a Seleção jogava, o camisa 1 interceptava as bolas cruzadas - e pegava pênaltis.

Enquanto foi o principal camisa 1 do Brasil - titular por cerca de dez anos - Taffarel foi muito criticado, rotulado de frangueiro. Ainda bem que o tempo faz justiça. Hoje, todos se referem a ele da maneira correta: um goleiro calmo, seguro, bem-colocado. Tanto que é o goleiro mais lembrado pela boleirada que elege seus onze na seção 'Meu time dos sonhos', da Placar.

Como sou fã dos controversos e dos perseguidos - como Rubinho Barrichello - sempre gostei de Taffarel e o defendia nas discussões da molecada. E olha que sua fase mais espetacular e milagrosa, pelo Internacional, eu era pequeno e pouco vi. Fiquei triste quando ele falhou contra a Bolívia, em 1993.

O currículo tem poucos troféus, mas significativos: a Copa do Mundo de 1994, Copa da Uefa pelo Parma (na reserva, por ser estrangeiro), Estadual e Conmebol pelo Atlético-MG (grande ídolo da Massa) e, para mim, o mais importante, por ser na curva final de sua vitoriosa carreira, a Copa da Uefa de 1999/2000, pelo Galatasaray-TUR, pegando pênalti na decisão. Fora isso, reconheçamos que bem antes de Júlio César, Doni, Gomes, Renan e companhia, ele foi atuar na Europa.

Se Gilmar dos Santos Neves me permite, aqui está o camisa 1 da minha Seleção Brasileira de todos os tempos.

Foto taça: Reprodução Fifa.com
Foto Galatasaray: Reprodução BBC Sports

2 de dez. de 2008

palmeiras: nova camisa

Com meses de atraso

Só agora o Palmeiras colocou o escudo da Federação Paulista de Futebol, por ser o atual campeão estadual. O uniforme continua o mesmo, a única inovação é o escudo da FPF na frente da camisa - a maioria dos clubes costuma usar nas mangas.

Coincidência ou não, sempre que um rival está perto de festejar caneco, outro dá um jeito de aparecer. Seja reivindicando título antigo ou lançando camisa nova.

Aliás, apesar da tradição desse verde em tom mais forte, achei bem feia essa camisa. A mais bonita que a Adidas fez para o Palestra ainda é aquela de 2006, quando a fornecedora voltou ao clube - e Edmundo também.

Foto: Divulgação

melhor do mundo

Cristiano Ronaldo leva a prévia

A Bola de Ouro da revista France Football não costuma ser diferente do jogador do ano da Fifa - desde que o prêmio da entidade máxima do futebol foi criado, os vencedores coincidiram em dez das 16 edições - e nos últimos quatro anos. Comparando com outros campos, é um aproveitamento bem melhor do que o do Globo de Ouro em relação ao Oscar, no cinema, e ao Estandarte de Ouro de O Globo em relação ao resultado oficial do carnaval carioca, por exemplo.

Isto é: Cristiano Ronaldo deve levar o prêmio de melhor jogador do mundo, pela Fifa. A edição especial da France Football que traz o vencedor de seu tradicional troféu foi lançada hoje. As escolhas nos últimos anos não se resumem à atuação em campo, mas às conquistas. Ele ganhou a Champions, a Liga Inglesa e foi o artilheiro do ano na Europa. Aí, fica difícil de bater, apesar de Messi, ainda inconstante fisicamente, encantar mais.

Por mais que mereça, não consigo me esquecer do pênalti que desperdiçou na disputa final da Champions, contra o Chelsea. Fico pensando se John Terry acertasse sua cobrança - e o Manchester perdesse aquele título - se os eleitores do prêmio mudariam de idéia... O certo é que ninguém despontou em uma temporada brilhante, como Kaká ano passado e Ronaldinho em 2005.

Imagem: Reprodução

1 de dez. de 2008

flamengo: caio júnior

Ele merece defesa?

Sim, merece. Talvez agora não fosse o momento, com o torcedor rubro-negro irritado com a iminente perda da classificação para a Libertadores. Mas falar depois que os ânimos se acalmaram é fácil. Então, vamos lá.

Caio Júnior perdeu vaga para a competição continental no ano passado, pelo Palmeiras, na última rodada, jogando no Parque Antarctica. Ontem, no Maraca, o Flamengo se complicou na disputa. Ok, mas vejamos por outro ângulo: são três anos seguidos que o treinador briga no topo da tabela do Brasileirão - em 2006, comandou o modesto Paraná rumo à Libertadores. E mais: treinando os três times desde o início do campeonato, o que é uma façanha no futebol brazuca.

Também se deve valorizar profissionalismo, postura diante da imprensa, relação cordial com os jogadores. Nisso, ele também é bom. E o seu 'dia do fico', quando recusou proposta milionária das arábias, foi um exemplo importante de comprometimento.

Segundo adiantou a imprensa carioca, ele deverá se mudar para o Japão ano que vem. A maioria dos torcedores do Flamengo dirá 'já vai tarde', mas sentirão saudades, dependendo de quem for o substituto. As vaciladas do Fla em 2008 se devem muito mais ao humor dos atletas do que ao trabalho do treinador. Se a era do chinelinho deu uma trégua na Gávea, a do salto alto chegou com tudo.

Foto: Marcia Feitosa/Fotocom.net
 
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