Chororô do bem
Bebeto tinha fama de chorão. Franzino, sofria com a violência dos zagueiros e desabava como um bebê faminta, com a mão na perna. Um pouco pela pancada, um pouco de cena que onerou muitos beques com cartões amarelos.
Quando surgiu no Flamengo, em 1983, o Galinho estava de saída para a Udinese e logo vieram com o papo de 'Novo Zico'. Bebeto cumpriria bem a função de meia de ligação, por sua habilidade, mas estar mais perto do gol funcionou melhor para o ótimo finalizador que era. Vestiu a camisa 9 do Rubronegro até a final do Carioca de 1989, quando foi comprado pelo arquirrival Vasco. De cara, faturou o Brasileirão com os cruzmaltinos - o terceiro de sua carreira (1983 e 1987 pelo Fla). No mesmo ano, foi artilheiro da Copa América, dado ofuscado pelo gol de Romário, o do título, na final contra o Uruguai.
Aliás, estar à sombra do 'Gênio da grande área' foi a função que o consagrou - sem nenhum demérito. Enquanto um era marrento, bad boy, o bom moço da camisa 7 amarelinha era o par perfeito, Oscar de melhor coadjuvante. Recordo-me tanto de juras de amor quanto de alguns desentendimentos entre eles. Agora, ambos aposentados, o respeito é recíproco.
Descrever a vitoriosa carreira de Bebeto é desnecessário aqui. Vale a lembrança, a homenagem. Resumindo, a história do Deportivo La Coruña se define entre antes e depois dele. No Flamengo, foram 151 gols. No Vasco, outros tantos. No Vitória, um Estadual e um Nordestão. No Botafogo, um Rio-São Paulo. Pela Seleção, além da Copa América e do Tetra (1994), a Copa das Confederações (1997). Jogou a Copa de 1998 também (sua terceira seguida) e soma seis gols em Mundiais.
Como todo apaixonado por futebol, coleciono ídolos, além do meu top 3 (já contei dia desses: Neto, Romário e Ronaldinho, nessa ordem). Bebeto chefia o segundo escalão com Zico, pouquíssimas passadas atrás.
Fotos: reprodução Flapedia
9 de jan. de 2009
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2 comentários:
É um dos grandes ídolos recentes do brasileiro, principalmente pela Copa de 1994, onde foi tão letal quanto Romário.
Fez história no La Coruna, onde é ícone como Mauro Silva e Donato. Baita jogador e boa praça.
Esse merece o conceito de craque. Os terinadores das categorias de base de hoje não o deixariam chegar aos profissionais devido ao seu biotipo. AInda bem que na década de 80 esses trogloditas,chamados de treinadores de futebol, ainda tinham uma carga de neurônios uteis. Só lamento por não ter conseguido conquistar o Mundial Interclubes pelo Cruzeiro em 1997 e como a grande maioria daquele geração do tetra, não conseguiu parar em boa fase.
FORTE ABRAÇO!
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